Um dos problemas filosóficos clássicos é o chamado problema do livre-arbítrio. Eis uma apresentação do problema feita por Peter van Inwagen:
“O problema do livre-arbítrio, em suas linhas mais gerais, é este. O livre-arbítrio parece incompatível tanto com o determinismo como com o indeterminismo. O livre-arbítrio, portanto, parece impossível. Mas o livre-arbítrio também parece existir. O impossível, portanto, parece existir. Uma solução ao problema do livre-arbítrio seria uma maneira de resolver essa aparente contradição. Parece haver três formas que uma solução poderia adotar, três maneiras pelas quais poderíamos tentar resolver a aparente contradição. Poderíamos tentar mostrar, como fazem os compatibilistas, que, apesar das aparências, o livre-arbítrio é compatível com o determinismo. Ou poderíamos tentar mostrar, como fazem muitos incompatibilistas, que, apesar das aparências, o livre-arbítrio é compatível com o indeterminismo. Ou poderíamos tentar mostrar, como fazem muitos ‘deterministas duros’ [hard determinists], que a aparente realidade do livre-arbítrio é uma mera aparência” (Peter van Inwagen, “Free will remains a mystery”, in R. Kane, ed., The Oxford Handbook of Free Will. Oxford: Oxford University Press, 2002, p. 169).
O problema do livre-arbítrio, tal como descrito por van Inwagen, é um problema filosófico de tipo metafísico. Uma literatura em português sobre esse assunto está disponível na seção de Metafísica da revista Crítica.
Atualização: esta postagem recebeu pequenas modificações em 17 de julho de 2018.
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